Cão fofo nas flores

As 4 Regras mais importantes para o seu cão

Tabela de Conteúdo

Alimentação

Ao contrário dos seres humanos que necessitam de variar diariamente os nutrientes das suas refeições para terem uma alimentação saudável, os cães precisam, diariamente, de cerca de 50 nutrientes essenciais em quantidades muito específicas.

Comida de Qualidade

A melhor e mais prática forma de darmos estes nutrientes essenciais nas quantidades ideais, é investir numa ração de qualidade. Além de uma ração de qualidade estar muito perto da perfeição nutritiva para os cães, está também isenta de corantes, assim como todos os antioxidantes e “conservantes” são 100% naturais.

Para que esta perfeição nutricional e qualidade seja atingida e mantida, os grandes produtores de rações investem bastante tempo e dinheiro na criação e uso dos seus próprios laboratórios para testes de qualidade diários e semanais.

Actualmente a produção de rações de alta qualidade é científica, e portanto responde às exigências do mercado no plano da higiene, na qualidade e descrição dos produtos, na adequação a raças, idades e tamanhos, assim como na adequação a problemas orgânicos.

Vale a pena Investir numa ração de qualidade (mais cara)?

Sim, Vale! Apesar das rações de alta qualidade serem, pelas razões acima referidas, geralmente mais caras que as outras,a opção pela qualidade assegura uma prática preventiva no bem-estar do animal como, por exemplo como no que está na base de problemas de pêlo e pele, problemas oculares, problemas de ossos, problemas de articulações, entre muitos outros. Um cão que tem uma alimentação de alta qualidade tem uma maior probabilidade não só de de viver mais anos, mas de também de os viver de forma mais prazenteira.

Exemplos de Rações de Alta Qualidade?

No mercado há cada vez mais marcas de alta qualidade alimentar e para quem não está ainda habituado a lidar com a informação especifica impressa em todas as embalagens encontra boas rações para o seu cão com a Alleva, a Neobreeder, a Origen, a Acana, a Hills, a Taste of the Wild, a Gosbi, entre outras.

Como escolher a melhor ração para o meu cão?

Na verdade escolher uma boa ração para o seu cão é muito mais do que garantir a satisfação da necessidade nutritiva. Cães de desporto e/ou de trabalho, por exemplo, precisam de elevada libertação de energia, pelo que a ração tem de ter incluído uma determinada dose de cereais de alta qualidade. Estes cães de desporto e/ou trabalho precisam também de nutrientes que cuidem das suas articulações pelo que precisam de nutrientes muito específicos. Um cão de casa que faça pouco exercício não precisa de tantos cereais ou mesmo nenhuns na ração. Por outro lado, um cão de casa que tenha uma vida activa (por exemplo um cão que acompanhe o dono no seu jogging matinal diário) pode precisar de libertação de energia, mesmo que não necessite de tanto como um cão de desporto ou trabalho.

Noutro plano, há ainda a considerar os cães que apresentam alergias alimentares ou problemas de saúde, estas e outras situações exigem uma maior atenção e saber na selecção da ração mais adequada.

Para escolher uma ração adequada para o seu cão deve procurar um profissional especializado. Se o seu cão tiver algum problema de saúde deve recorrer a um veterinário, caso contrário pode confiar no seu adestrador para uma orientação na escolha da ração.

Comer à ordem e escassez de comida

Alimentação do Cão/Lobo na natureza

Na natureza os animais têm de trabalhar muito para providenciarem a sua refeição. Passa-se com lobos e com os cães. Nesta circunstância estes animais têm de gerir a equação esforço/beneficio (coisa que aprendem ao longo da sua vida) para decidirem que presa caçam, se o fazem sózinhos ou em matilha, e se o esforço naquela caça compensa ou não. Assim sendo um dos instintos mais importantes dos cães a “explorar” quando damos a refeição dos nossos cães, sejam eles cachorros, adultos ou séniores, é o instinto da escassez da comida.

Vincar a Liderança do dono com a alimentação

Para além do trabalho que está subjacente ao acto da caça para os lobos e para os cães o momento da refeição ou melhor o momento do consumo da caça obedece a regras. É de referir, por exemplo, que a matilha só se alimenta depois do Alpha e somente após este se afastar da comida. É, pois, no decurso do entendimento deste instinto e das regras que lhe estão associadas que a refeição do nosso cão deve decorrer sob determinadas práticas, para que os nossos animais aprendam a comer à ordem, vincando, em simultâneo, a liderança dos donos/tutores.

Escassez de comida

É de sublinhar que o dono/tutor não deve deixar a comida à descrição. Após 5 a 10 minutos da ordem para comer o dono/tutor deve retirar o comedouro do cão tenha ele comido tudo, metade ou nada. Na refeição seguinte dá-se a quantidade normal de comida não se acrescentando o que sobrou da anterior. Desta forma o cão vai reter na sua cabeça a escassez de comida (a comida é do tutor/dono e o cão come porque este o permite) e irá aprender a comer tudo à primeira, não precisando a longo prazo de aditivos (ex: comida húmida) para comer a refeição. Há cães que só comem quando adicionamos salsicha, carne, comida húmida ou outros aditivos à ração, isto porque esses aditivos são mais olfativos do que a ração. No entanto, quando um cão tem uma ração de alta qualidade é muito raro necessitar de aditivos. Uma ração de alta qualidade, tal como é referido na regra anterior, é a refeição mais equilibrada e mais próxima da resposta nutritiva que o cão pode ter.

Confiança na Liderança do dono

Para além de estipularmos a liderança com a regra de comer à ordem e com a escassez de comida, devemos mostrar ao nosso cão que ele pode também confiar nesta (na nossa liderança). Para isto, além de o dono/tutor deixar sempre água à descrição, damos as refeições à mesma hora (de 12 em 12 horas – tempo de digestão de um cão), no mesmo local e no mesmo comedouro. Se por um lado se estabelece uma relação de confiança no quadro de uma dependência ( o bem estar do cão depende do dono/tutor), também no caso o cão não irá fantasiar com algo que não irá acontecer.

Resumindo (regras para a alimentação):

  • Água sempre á descrição;
  • Refeições sempre dadas no mesmo local, á mesma hora, no mesmo comedouro;
  • O cão come á ordem;
  • Após 5 a 10 minutos o comedouro é retirado (esteja vazio ou cheio);

Rotina dos Passeios

Necessidades Fisiológicas

Para os passeios dos cães, irá variar consoante as características do cão e/ou da raça e os seus respectivos nivéis de energia. Um bom passeio deverá dar tempo ao cão para fazer as suas necessidades, para gastar energia física e para estimular também as suas aptidões cognitivas.

O passeio em sí

Fase 1 do passeio

O primeiro passo consiste em proporcionar ao cão (dar-lhe tempo) a possibilidade de explorar, por exemplo, novos cheiros (em exercício moderado, estimular as narinas e o cérebro). É também um imperativo dar tempo ao cão para fazer as suas necessidades à vontade, sem pressa, sem tensões.

Fase 2 do passeio

O segundo passo centra-se na estimulação física, através de brincadeiras com o dono/tutor. Um bom exemplo a referir é o “Tug-of-War” que possibilita ao cão não só aprender a controlar os seus impulsos, construir a sua confiança e força física, mas também favorece a consolidação da ligação com o seu dono/tutor. Pode-se referir, igualmente, o exemplo do “busca”, no qual é treinado o bem estar físico do cão através de corridas sucessivas, também aumentando a ligação com o dono/tutor.

Fase 3 do passeio

O terceiro passo, já em ambiente doméstico aquando do regresso a casa, decorre de deixar um brinquedo interactivo para o cão interagir e ser estimulado cognitivamente. Pode ser um Kong recheado com coisas saudáveis (ex: manteiga de amendoim sem pedaços, ioghurt natural, e ração); pode ser um pedaço de fémur (de vaca, limpo só com osso, tutano e cartilagens); pode ser um “flip board” para cães; pode ser qualquer jogo interactivo que não seja potencialmente perigoso para o seu cão.

Número de passeios diários

Falemos agora do numero de passeios ideal para o seu cão. Uma vez mais irá depender das características raciais do seu cão.

Se formos criar uma regra que dê para todos os cães, eu diria que o mínimo seriam 2 vezes por dia (num dia em que o dono não tenha tempo para mais). O ideal aconselhado seriam 3 a 4 vezes por dia. Sendo que, dependendo da raça e do cão em si, 2 dos 4 passeios poderiam ser só para fazer as necessidades, enquanto que nos outros 2 poderiam deveriam ser feitas actividades de estimulação física e cognitiva para além das necessidades. Num cão com mais energia e que necessite de maior actividade, podem fazer o passeio completo com estimulação física e cognitiva nos 3 a 4 passeios diários.

Confiança na Liderança do dono

Para favorecer a confiança do cão na nossa liderança em contexto de passeios, torna-se incontornável impedir que o cão fantasie sobre algo que não irá acontecer, perturbando a tranquilidade e promovendo níveis de insegurança no animal. Para tal devemos criar uma rotina de passeios à mesma hora e na mesma localização. O que não quer dizer que não possamos fazer passeios extras em localizações diferentes, no entanto, é importante manter uma rotina de passeios ditos “normais” na vida do cão.

Resumindo (regras dos passeios):

  • Passeios sempre à mesma hora e no mesmo local;
  • Pelo menos 2 passeios diários (idealmente 3 a 4);
  • Durante e após pelo menos 2 dos passeios (dependendo da raça e do cão em si), não só levar o cão para explorar e para fazer necessidades, como também estimular fisica e cognitivamente o cão;

Introdução ao Canil e á Caixa Transportadora

Ao contrário do que a maior parte das pessoas pensam, a introdução positiva a uma caixa transportadora e/ou a um canil como sendo a toca do cão, é uma das melhores coisas que se podem fazer para a saúde mental e física do cão por várias razões.

A toca do cão ou do lobo na natureza é o sitio onde este passa 60 a 80% do seu tempo. É o sitio onde não pode ser incomodado, onde se sente seguro, onde se mantém calmo, e para onde leva os objectos onde dá valor. Mas mais do que isso, com a domesticação do lobo e a sua transformação em cão doméstico, seja um cão de casa ou cão de trabalho, a toca é um sitio onde o cão (após a introdução positiva á caixa e/ou canil) pode ficar calmo, com objectos/brinquedos que o dono/tutor deixe, como jogos interactivos para ocupar a mente, sem destruir e consequentemente sem comer nada que lhe possa fazer mal (e que possa ter um valor monetário que prejudique o dono/turor). Se usada de forma correcta, o uso da caixa transportadora e/ou de um canil previne a ansiedade por separação, já que é usada no seu tratamento por várias razões diferentes. Além de tudo isto, se o cão precisar de uma intervenção cirúrgica ou de um dog sitting, há grande possibilidade de ser colocado numa caixa, pelo que pode ser uma experiência negativa que poderia ser evitada se já tivesse a habituação positiva à caixa transportadora. Há ainda a importância de uma introdução positiva a uma caixa transportador se for viajar com o seu cão, quer de carro, quer de avião. A ansiedade de viajar que alguns cães apresentam, muitas vezes resulta de uma má ou mesmo inexistente habituação à caixa transportadora.

A Cãomaradagem incentiva todo e qualquer dono de um cão a fazer a introdução positiva á caixa transportadora com o seu cão. Neste âmbito, evidencia-se que a introdução positiva da Caixa e do Canil requerem vários detalhes e competências técnicas não descritas neste artigo, pelo sugiro que entrem em contacto connosco ou com outro profissional reconhecido.

Conclusão

Todas as regras e orientações apresentadas no artigo são apenas “guidelines” gerais. Estas indicações não dispensam aconselhamento profissional especializado. Para que se realize um trabalho adaptado ao seu cão e a si há a considerar muitos detalhes e/ou factores que devem ser tomados em linha de conta de forma a poder concretizar um bom trabalho.

Se precisar de ajuda com qualquer questão relacionada com cães de que se evidencia a escolha de hotel canino, alimentação, adestramento, treino e terapia comportamental a cãomaradagem está à sua disposição, não deixe de nos contactar.

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